quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

POLICIAL MILITAR É TRANSFERIDO POR OCUPAR FUNÇÃO DE DIRETOR EM ASSOCIAÇÃO REPRESENTATIVA

Na manhã desta quinta (11) a assessoria jurídica da Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região (APRAM) esteve na sede do Ministério Público do Rio Grande do Norte, na capital, aonde protocolou nova representação em razão de possíveis atos excessivos cometidos contra militar no âmbito do 12º Batalhão de Polícia Militar em Mossoró, especialmente quando da recente transferência compulsória do Soldado PM César da ROCAM para o CIAD, militar que também exerce função de diretor-tesoureiro da APRAM.

Após tomar a termo depoimento de testemunha que será ponto chave para elucidação do caso, a assessoria jurídica apresentou rol indicativo junto à representação protocolada com o promotor responsável pelo Controle Externo de Polícia para que, ao final de sua apreciação, o parquet ministerial possa emitir posicionamento quanto ao fato de Diretor de entidade ser transferido de posto em que laborava por quase 07 anos consecutivos sendo comunicado que o motivo de sua saída era o fato dele pertencer à associação representativa, deixando seus colegas de farda indignados.

Junto à representação também foram apresentadas todas as menções elogiosas de membros da ROCAM, lotados no mesmo batalhão do PM transferido, e até de uma autoridade civil, inseridas na página do PM César em rede social. “Trabalhei com César e posso dizer que a ROCAM perdeu um policial honesto, dedicado e cumpridor de suas responsabilidades. Lastimável expor bons policiais a esse tipo de situação”, declarou um militar. 

Caberá agora ao Ministério Público, à luz da representação protocolada, mover a ação competente para averiguação das condutas das autoridades daquele batalhão responsáveis pelo possível ato excessivo ocorrido logo após diversas denúncias da APRAM em face de cargas excessivas de trabalho para militares do 12º BPM que chegaram a laborar por até 37 horas ininterruptas na região.

Em pergunta a Dr. Roberto Barroso, advogado da Apram, este comentou: “Acredito que temos elementos de prova que já foram apresentados junto à representação e que poderão demonstrar o real motivo da transferência do Soldado PM Cesar”. Acrescentou que: “Além desta representação, protocolamos outras que, no momento, devem permanecer em sigilo, bem como, estamos preparando novas, especialmente após recente publicação em coluna de jornal de grande circulação em Mossoró que antecipou resultado de inquérito iniciado em Natal para apuração das jornadas excessivas, este último será ofertado em breve, e como será dada total atenção que merece”.

O presidente da APRAM, Soldado Tony, ratifica o posicionamento firme da entidade no combate ao que considera ultrapassado e abusivo os recentes episódios que envolvem o tratamento dispensado às praças de Mossoró. “Não vamos recuar nem tampouco nos calar diante de situações cujo objetivo é unicamente reprimir nosso trabalho em defesa dos praças, ignorando um legado destacado de lutas e conquistas em pouco mais de oito anos de atuação”,  afirmou o dirigente.

Assessoria de Comunicação APRAM

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