Na manhã desta
quarta (08) centenas de praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Rio
Grande do Norte atenderam a convocação das entidades representativas e lotaram
o auditório do hotel Villa Oeste em Mossoró, aonde transcorreu assembleia geral
unificada. Na pauta da categoria estavam velhas demandas como maior
transparência nas diárias e fim das escalas extras compulsórias registradas a
cada grande evento, sobretudo na região oeste do estado. Também foi discutido o
tratamento dispensado às praças no 12ºBPM e a denúncia encaminhada ao MP acerca
de supostas irregularidades no projeto Base Integrada Cidadã naquela unidade.
Durante a
assembleia ficou deliberada a realização de ato público na Câmara Municipal de
Mossoró reivindicando o apoio político dos vereadores, o que ocorreu. A casa
legislativa recepcionou a categoria e uma comissão de militares participou de
reunião na sala da presidência. Na ocasião ficou definida a elaboração de um
documento contendo as reivindicações a serem apresentadas ainda esta semana na
assembleia legislativa e ao executivo estadual dos quais se esperam ações que
resolvam tão grave problema. O Soldado Moésio (ABM) aproveitou a ocasião para
ressaltar a falta de estrutura no Corpo de Bombeiros aonde faltam equipamentos básicos
para trabalharem. Quem também participou da mobilização foi um grupo de ex-PMs
que lutam por anistia após serem injustamente excluídos nas décadas de 80 e 90,
os quais também buscam apoio dos deputados.
Para o Sargento
Queiroz (ACS) a desmotivação dos PMs ocorre em razão do valor insignificante da
diária e a incerteza do recebimento. O Soldado Tony, presidente da APRAM, diz
que a volta das escalas compulsórias representa um retrocesso que deixaram os
militares totalmente desmotivados. “Os direitos dos policiais estão sendo
tolhidos e a sociedade precisa estar do nosso lado pois ela não merece ser
atendida por profissionais sobrecarregados”, afirmou o dirigente. Já o
Subtenente Eliabe Marques, presidente da ASSPMBM/RN e Vice Presidente da
ANASPRA, revela que o cenário nos remete aos tempos de escravidão. “Defendemos
mais humanização nos quartéis e aguardamos respostas na investigação
relacionada as graves denúncias envolvendo recursos públicos no 12ºBPM”,
declarou.
Assessoria de
Comunicação.
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