As
Entidades representativas de Praças do Rio Grande do Norte acompanharam com
indignação as declarações do Governador Robinson Faria durante a reunião de
ontem, 21/01, com a “cúpula” da pasta de segurança pública do RN, assim vêm a
público repudiá-las.
O
Governador deixa transparecer o total despreparo em relação ao tema e numa
tentativa desesperada em se eximir da culpa pela crise instalada na pasta, decide
então responsabilizar à PMRN, instituição que a mais de 180 anos tem levado a
segurança pública do estado nas costas, que com esforço sobre-humano tenta
insistentemente garantir a ordem e a paz social a despeito da falta de aparato
e da desvalorização profissional acumulada ao longo de sucessivos governos.
Considerando
que historicamente a segurança pública nunca foi e ainda não é levada a sério
no Rio Grande do Norte, as associações de praças vem a público esclarecer
distorções propositais da fala do Sr. Governador, para que a sociedade potiguar
possa construir juízo de valor sobre os motivos e motores da violência no
RN.
O
Governador afirmou que “a PMRN não se adequou a velocidade da mudança que o
governador e a população esperavam no combate à violência”, mas de fato pouco
se investiu em aparato, estrutura e valorização profissional dos militares
estaduais.
Em que
pese policiais militares em desvio de função atuando como agentes
penitenciários em guaritas em condições insalubres, falta de viaturas e de
manutenção que obrigam ao policial não raras vezes custear a manutenção destas
para garantir a continuidade do serviço, diárias operacionais atrasadas,
alimentação imprópria ao consumo humano, efetivo reduzido e muito aquém do
ideal, descumprimento do acordo firmado com a categoria no dia 19 de agosto de
2015, tudo isso nos leva a crer que ainda não figura entre as missões
institucionais da PMRN, a de fazer milagres.
O
Governador declarou que “promoveu 3.300 policiais militares” o que não procede,
pois ficou pactuado pelo próprio governo a promoção de 3.893 militares
estaduais, destes apenas 779 foram promovidos, restando ainda 3.114 promoções.
Por tudo
isso, as associações militares do Rio Grande do Norte entendem que a exoneração
do Coronel Ângelo Mário de Azevedo Dantas é descabida e afronta todos os
policiais e bombeiros militares, visto que na tentativa de um interacionismo
simbólico oportunista sinaliza com a exoneração que os complexos problemas na
segurança pública podem ser resolvidos de maneira simplificada nomeando
seletivamente bodes expiatórios.
As
associações ratificam o compromisso com a verdade e com a segurança da
população potiguar e convocam a categoria para que no dia 25 de janeiro, às 9h,
esteja em concentração em frente ao Clube Tiradentes, onde lá deverá sair em
caminhada até a governadoria, para que em assembleia decida os rumos de nossa
mobilização, com possibilidade de paralisação das atividades.
ABM-RN, ASSPMBMRN, ACS/RN, ASSPRA, APRAM/RN, APBMS/RN
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