sábado, 13 de fevereiro de 2016

PMs DENUNCIAM SUB UTILIZAÇÃO DO EFETIVO E RECLAMAM DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO 12ºBPM EM MOSSORÓ

Durante esta semana a Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região (APRAM) recebeu uma série de informações de policiais militares lotados no 12ºBPM denunciando a forma como o efetivo da unidade foi empregado no carnaval. Segundo apurou a Assessoria de Comunicação da APRAM, os militares foram escalados todos os dias de carnaval, inclusive sendo empregados em locais aonde inexistiam festas, refletindo numa falta de sensibilidade e bom senso do comando da unidade. Já no 2ºBPM, os policiais militares foram poupados na sexta e quarta feira de cinzas, refletindo em maior preocupação com a sobrecarga imposta à tropa.

Além disso, os PMs informaram que ficaram várias horas aquartelados no batalhão sem viaturas disponíveis e sem o mínimo de estrutura para eles descansarem, fatos que deixaram o efetivo bastante aborrecido. “Aqui não temos alojamentos adequados e os banheiros são precários ao extremo. Ou seja, diariamente antes de sairmos para lutar contra a criminalidade, precisamos enfrentar toda essa situação interna, o que é lamentável”, comentou um militar que terá a identidade preservada.

APODI

Situação de desrespeito também foi verificada no carnaval de Apodi. A começar pelo transporte do efetivo que foi realizado em ônibus escolares, sem o mínimo de conforto para condução dos policiais militares. Em seguida vieram problemas com alojamento e alimentação, inclusive sendo registrado um surto de diarreia nos militares ocasionados pela ingestão de refeições impróprias ao consumo. Toda a situação já foi denunciada na imprensa e embasará denúncia junto ao ministério público e discussões em audiência na Assembleia Legislativa do RN.

Diante do exposto, a diretoria da APRAM notificou seu setor jurídico com o fim de agir em defesa dos militares. Para Roberto Barroso, advogado da entidade, a situação enseja preocupação em razão da gravidade e de suas consequências. “Ao se impor ao militar condições de trabalho inadequadas ao exercício de sua profissão, atingimos a dignidade da pessoa por trás da farda, fato que merecerá total atenção do setor jurídico no sentido de adotar medidas que evitem e remediem os danos eventualmente sofridos pelos associados”, comentou.

Assessoria de Comunicação / APRAM

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