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Uma reunião entre bombeiros, policiais militares e deputados terminou
em confusão no fim da tarde desta terça-feira, na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Um grupo de cerca de 100
militares e suas famílias reunia-se com os deputados Marcelo Freixo e
Janira Rocha, do PSOL, e com Geraldo Pudim e Clarissa Garotinho, do PR.
Em pauta: a PEC 300, que estabelece patamares únicos de remuneração para
policiais e bombeiros em todo o país, e a anistia dos líderes grevistas
de 2012. A confusão começou quando, ao fim do encontro, Pudim e os
militares foram para o Palácio Tiradentes, onde fica o plenário da
Alerj. O parlamentar afirma ter visto que homens à paisana fotografavam o
grupo, posicionados nas escadarias e ao redor do Palácio Tiradentes.
Pudim deu voz de prisão a um coronel dos Bombeiros identificado como
Jorge Benedito. Ele seria, segundo o deputado, o líder do grupo que
captava imagens. “Percebi uma movimentação estranha e identificamos 32
agentes da P2 e do B2 (serviços reservados da PM e dos Bombeiros). A
Alerj estava cercada por Arapongas. Perguntei o motivo das fotos, mas o
coronel só me disse que estava trabalhando. Dei voz de prisão”, disse
Pudim. “Chamei a polícia. Eles serão levados para a 5ª DP)”, disse.
De acordo com Pudim, agentes do Corpo de Bombeiros e da Polícia estão
sendo vistos na Alerj já cerca de uma semana. “Eles querem identificar
os militares que denunciam os abusos que acontecem nos quartéis. E a
assembleia não pode ser conivente com isso”.
O coronel e um subordinado estão detidos por seguranças da Alerj. Um
tenente-coronel da PM foi à Assembleia para uma reunião na sala da
presidência da Casa. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Corpo de
Bombeiros negou que alguém da corporação tenha sido preso, e deu sua
versão para o ocorrido: “Uma equipe de militares do serviço de
inteligência estava do lado de fora da Alerj monitorando os
acontecimentos, de modo a subsidiar estratégias que evitem manifestações
radicais contra a instituição e contra a sociedade”. Também procurada
pelo site de VEJA, a comunicação da Polícia Militar não se manifestou.
O líder da greve dos bombeiros no Rio de Janeiro, Benevenuto Daciolo,
em 2011, integrava o grupo que foi à Alerj conversar com parlamentares.
Daciolo foi expulso da corporação por ter organizado uma série de
protestos no estado, entre eles a invasão ao Quartel General, e por ter
sido acusado de incitar o movimento grevista de fevereiro de 2012. Na
ocasião, o cabo foi flagrado em escutas telefônicas combinando a
nacionalização do movimento da categoria com Marco Prisco, então líder
da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares da Bahia.
Daciolo foi levado para a 5º DP(Centro).
Fonte: Veja
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