A lei que trata do regime de promoção dos praças da PM e do corpo de bombeiros do RN, uma antiga reivindicação da categoria, que será votada na próxima terça-feira (20) pelos deputados, não será suficiente para aplacar a insatisfação dos militares. Diversos problemas e pleitos foram elencados na audiência pública esta tarde (16), que reuniu as principais associações do RN e lotou o plenarinho da Assembleia Legislativa.
No seu pronunciamento de abertura, o deputado Gilson Moura (PROS) falou sobre a lei, que propõe mudanças importantes na carreira dos militares. “Qual o trabalhador brasileiro que gostaria de ficar 30 anos em um emprego sem nunca receber uma promoção? Com certeza nenhum gostaria. Ninguém quer ficar tanto tempo em um emprego sem perspectiva de se aposentar com um trabalho melhor. Mas os policiais que estão aqui, mesmo reconhecendo esse avanço, tem outras questões a reivindicar, sua luta não se encerra com a votação da lei”, disse.
Representando os PMs de Mossoró e da região Oeste, o Soldado Tony Fernandes reconhece que a lei de promoções avançou, mas reforçou que é uma antiga reivindicação. “Não queremos só ela. Existem pontos que são até vergonhoso pra PM. As quentinhas estão vindo estragadas. E se a capital está numa situação de penúria, imaginem no interior, que não existe o vale alimentação e as diárias operacionais estão atrasadas. Fora isso tem também a questão salarial. Estamos há anos sem nenhum reajuste, o que é um absurdo”, disse.
A valorização dos profissionais foi uma pauta recorrente nos pronunciamentos de todos os representantes dos militares na audiência pública. O presidente da Associação dos Bombeiros, Rodrigo Maribondo, disse que a votação da lei é somente um dos onze pontos de pauta já apresentados anteriormente.
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