Por Assessoria Soldado Jadson - O vereador Soldado Jadson procurou o presidente do seu partido, Deputado Kelps Lima, solicitando a apresentação de um projeto inovador que promete otimizar a gestão e valorizar as corporações militares do Rio Grande do Norte. Trata-se da eleição direta dos comandantes gerais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros resultando de uma votação entre praças e oficiais, respeitando a exigência de requisitos técnicos para os candidatos ao cargo. Inclusive, o deputado já fez pronunciamento sobre o assunto na sessão desta terça (1º) na Assembléia Legislativa.
Para o vereador Soldado Jadson a proposta visa fortalecer e aperfeiçoar a gestão tal como já ocorre noutras instituições, como a UERN, onde os funcionários escolhem o reitor. Atualmente, o comandante da PM é escolhido de forma monocrática, por indicação do governador do Estado. Embora legítima, esta forma de escolha abre brechas para politicagens, falhas no gerenciamento e enfraquecimento da meritocracia. “Estamos propondo uma transformação no processo de escolha com a inclusão e participação efetiva da tropa. Queremos modernizar, garantir independência administrativa e coibir interferências políticas nas corporações”, enfatizou Jadson.
A idéia ganhou força com a participação ativa da Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região (APRAM) que tem apoiado a iniciativa. Para o seu presidente, Soldado Tony, o dispositivo é democrático e atende a um anseio antigo das bases da PM e CBM. “Se somos mantenedores das leis que regem nossa democracia nada melhor do que esse exemplo partir de dentro dos próprios quartéis com a escolha do nosso comandante”, declarou o dirigente.
A indicação pura e simples, como é hoje, cada vez que assume um novo governador, faz com que o processo de escolha dos comandantes seja restrito à cúpula política. A pretensão do deputado Kelps Lima é criar uma votação pela Polícia Militar e outra nos Bombeiros, aonde sejam escolhidos três nomes de cada corporação que serão apresentadas para crivo do governador eleito.
“Não estou propondo o fim da hierarquia ou a politização da PM. O que pretendo é abrir um processo de discussão de modernização das relações nas instituições mencionadas. O formato atual causa uma falta de conexão e relacionamento entre seus comandantes e subordinados. Um comandante escolhido de forma monocrática não tem que se preocupar com a tropa. Basta ele agradar ao governador que estiver de plantão. É importante que o comando se sinta obrigado por força de lei a ter uma relação mais democrática com seu efetivo”, afirmou o deputado que promete provocar o debate com as associações e realizar uma audiência pública sobre o tema.
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