Por Mossoró Hoje - Desde 2013 que o prefeito Ney
Leite, do município de Touros, na região de Mato Grande do Rio Grande do Norte,
cortou quinta-feira (3) da semana passada a alimentação dos policiais militares
que trabalham na cidade, mas que moram em outros municípios. E as autorizações para fazer refeições
na conta da Prefeitura de Touros nem era o ideal para garantir aos policiais de
serviços no município de pouco mais de 31 mil habitantes. O ideal seria um vale
alimentação custeado pelo Governo do Estou ou até mesmo a Prefeitura.
Em contato com o MOSSORÓ HOJE, os
policiais de Touros disseram que estão revoltados, pois trabalham na linha de
frente contra bandidos quase invisíveis para eles e ganhando de salário menos
da metade que se paga de auxílio moradia a um juiz. Sentem-se desrespeitados pelo Governo do
Estado também pelo fato de os colegas que trabalham na região metropolitana de
Natal recebem vale refeição, porém nenhum que arriscam a vida no interior tem
acesso a este benefício elementar a vida.
Outro fator observado pelos policiais é
que deveria haver um convênio entre governo do Estado e Prefeituras Municipais
para que seja garantia guarita e alimentação aos policiais que são designados
para fazer as patrulhas ostensivas nas pequenas cidades.
Porém poucos gestores se interessaram
por este convênio e muitos tratam os PMs que trabalham nestas cidades como
jagunços. Querem que façam seus caprichos, como por exemplo perseguições a
“adversários políticos” e até outras coisas piores.
No caso de Touros, os policiais da
linha de frente do combate ao crime, como João Maria Figueiredo e Silva, não
aceitam fazer nada mais do que o dever de defender a segurança da sociedade, no
policiamento ostensivo, e nem um passo para benefícios políticos. João Maria Figueiredo expressou sua
insatisfação nas redes sociais, principalmente no Facebook. Ele deixa uma
pergunta para reflexão bem atual: “Será que o governo do Estado teria coragem
de deixar os presos sem comida durante um dia como deixa os policiais?”
Ao fazer as declarações, o PM João
Maria Figueiredo e Silva disse que não tem medo de retaliação. Que pode
transferir ele para outra região. Pede apenas que providencie alimentação. O
fato real é que os policiais militares que trabalham na região de Touros, que
tem 27 comunidades rurais, e polariza várias outras cidades da região, estão
tendo que pagar do próprio bolso para comprar alimento e trabalhar.
NOTA: Sabendo que esta vergonhosa situação não ocorre apenas em Touros, a APRAM reforça que há anos cobra do Comando Geral da Polícia Militar e Governo do RN que estendam o vale-refeição para os militares que atuam no interior do estado. O atual contexto de dependência junto à gestores municipais além de ser imoral comprometem a autonomia no trabalho dos PMs nesses municípios. Lamentável!!!
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