Por Agência Câmara - A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou projeto que caracteriza o assédio moral como ato de improbidade administrativa. O condenado por
esse crime pode perder o emprego e pagar multa de até 100 vezes o valor de seu
salário.
O Projeto de Lei 8178/14, do Senado, altera a Lei da Improbidade
Administrativa (8.429/92) para tipificar a conduta de um superior que
coaja moralmente um subordinado, por meio de atos que tenham o objetivo de
atingir a sua dignidade ou de humilhá-lo, com abuso de autoridade.
A relatora na comissão, deputada Maria Helena
(PSB-RR), recomendou a aprovação da matéria. “A Lei da Improbidade
Administrativa não estabelece de forma objetiva o assédio moral, daí surge a
necessidade de regulamentação prevista no projeto.”
A lei atual inclui os atos contrários aos
princípios da administração pública que violam os deveres da honestidade, da
imparcialidade, da legalidade e da lealdade às instituições.
“O superior hierárquico que se vale de sua posição
para atormentar a vida de seus subordinados viola de forma frontal e inegável a
moralidade administrativa”, argumenta a relatora.
Assédio moral
O assédio moral na
administração pública se configura quando o chefe impõe ao subordinado condutas
como marcar tarefas com instruções confusas e imprecisas com prazos
impossíveis, ou sujeita o servidor a remoções inesperadas, ao isolamento, a
humilhações constantes, a exposição ao ridículo e a horários injustificados.
“Inúmeras são as consequências do assédio moral
para o servidor, como crises de estresses e ansiedade, muitas vezes trazendo
danos irreversíveis ao seu organismo”, alertou Maria Helena.
Tramitação
O projeto ainda será analisado pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Newton Araújo
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