quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

EM ASSEMBLÉIA ENTIDADES ESTABELECEM PRAZO PARA QUE GOVERNO CUMPRA LEIS RELATIVAS AOS MILITARES ESTADUAIS

Centenas de praças do Estado estiveram reunidos em Assembleia Extraordinária na tarde nesta quarta-feira (11), no Clube Tiradentes, para discutir entre diversos temas, demandas previstas em lei que são descumpridas pelo governo, as escalas compulsórias e o não pagamento das diárias operacionais por parte do Governo do Estado. Houve ainda um momento de oração em sinal de luto e respeito ao colega de profissão, Cabo Estevam Barbosa, assassinado na noite da última segunda-feira (09).

Segundo o Presidente da ASSPMBM/RN, Eliabe Marques, a questão da vulnerabilidade dos profissionais e a falta de cumprimento das legislações estaduais, a exemplo da LC 463/2012, que trata dos níveis do subsídio e a remuneração de acordo com o posto e a graduação, têm deixado os praças cada vez mais descontentes. “Os policiais estão realmente insatisfeitos e cobram medidas práticas e rápidas. Por isso, hoje, delimitamos que o prazo para que o governo cumpra leis que já estão em vigor, mas são descumpridas, será o final do mês de março”. A próxima assembleia geral ficou marcada para o dia 31 de março, às 15h, no Clube Tiradentes, sede da Associação.

Escala Compulsória em questão

A assembléia, que contou ainda com representantes de diversas associações do Estado, também discutiu a respeito das escalas compulsórias, diante da proximidade do Carnaval. Tony Fernandes, Presidente da Associação de Praças de Mossoró, esteve presente junto a uma comitiva e expôs a apreensão dos policiais diante do assunto. “Temos também uma preocupação especial com as escalas compulsórias e com o descaso com que o profissional tem passado diante dessa obrigatoriedade. Por isso é preciso que passe a valer o princípio da voluntariedade. Inclusive, já estamos com uma minuta no executivo e esperamos compreensão do poder público para sua aprovação”.

Eliabe Marques, explica ainda que, normalmente, policiais e bombeiros obedecem a uma escala ordinária e têm direito à folga. Já o trabalho em dias festivos, como o Carnaval, cabe aos que se oferecem voluntariamente. No entanto, por conta da falta de pagamento das diárias operacionais relativas às horas extras de serviço em eventos como o Mossoró Cidade Junina e a Fifa Fan Fest, profissionais deixaram de voluntariar-se e o governo passou a organizar escalas compulsórias.

“O valor de diárias não pagas chega a R$ 1,6 milhão e os militares estão receosos de não receber o valor referente ao trabalho durante a festa de momo. “O ‘calote’ do Estado gerou descrédito entre os policiais e bombeiros, que ficam sobrecarregados com as escalas compulsórias. Não podemos pagar pela desorganização do Estado e seus sucessivos governos, muito menos a população”, defende Eliabe.

Uma reunião com a secretária de segurança, Kalina Leite, está marcada para esta quinta-feira (12), oportunidade em que as associações representativas dos militares discutirão essas e outras reivindicações como a luta pela graduação e a continuidade dos cursos para cumprimento da Lei de Promoção de Praças (Lei 515/14) e a criação do Código de Ética.

Estiveram na assembleia de hoje (11) representantes da Associação de Sargentos e Subtenentes (ASSPMBM), Associação de Cabos e Soldados (ACSPM RN), Associação dos Bombeiros Militares do RN (ABM-RN); Associação dos Praças da Polícia Militar do RN (ASPRA- PM RN); Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região (APRAM) e  Associação dos Praças da Região Agreste (ASSPRA).

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